Novas gramáticas, novas repercussões: o caso TIM

A Comunicação atualmente desempenha um papel de suma importância para uma empresa. Na década de 80, surgiu um novo conceito de comunicação, a comunicação integrada.

A competitividade fez com que o público consumidor se tornasse mais exigente e para se conquistar a aceitação destes, foi necessário que todas as sub-áreas da comunicação trabalhassem em conjunto. As organizações teriam que fazer algo mais do que divulgar seus produtos e serviços.
A partir desse momento as atividades de comunicação passaram a incorporar os princípios do marketing, pois se tornou indispensável auscultar necessidades e desejos dos seus públicos. A Comunicação Institucional ocupa então um papel de essencial importância dentro das organizações, pela necessidade de se trabalhar com públicos cada vez mais diferentes, devido à segmentação da mídia e da introdução das novas tecnologias.

O comercia da TIM (assista vídeo abaixo) é um exemplo que mostra o porque que as empresas e instituições devem estar antenadas com os meios de comunicação e a forma como eles vêem atuando conjuntamente.


Esse comercial foi criado para ser divulgado na TV. Porém, a própria TIM resolveu colocar o comercial no Youtube.

Uma ação muito interessante, pois possibilita uma maior circulação do produto. Inclusive, através de um meio que possui uma linguagem bem diferente da televisiva, a web.

Na web as pessoas têm uma liberdade para manifestar suas opiniões - e foi exatamente isso que aconteceu. Algumas pessoas comentaram sua satisfação e aprovação da propaganda. No entanto, pessoas insatisfeitas com o serviço da operadora aproveitaram o espaço para colocar a boca no trombone – “não adianta ter propaganda larga, se a mente for estreita”. Os comentários passaram do youtube para o twitter e ganhou uma repercussão ainda maior.

Bom, a idéia foi mostrar o quanto é importante uma organização saber utilizar as diversas ferramentas de comunicação ao seu favor. No caso da TIM, a gramática participativa da web serviu como um feedback dos consumidores dos seus “produtos”. Portanto, profissionais e estudantes de comunicação devem estar atentos as novas tendências e a interatividade proporcionada pelos novos veículos de comunicação.

1 comentários:

9 de maio de 2009 às 21:01 Ian Castro disse...

Transposição de formatos. Nem sempre dá certo, porém há exceções.
E foi o fato da peça publicitária disponibilizada, denominada "Alguma coisa está acontecendo", ser a mesma que foi para a televisão o responsável pela dimensão da repercussão. Exibindo a mesma peça no YouTube, a TIM atingiu a grande parte da população que consome mídia massiva (o que, com certeza, era o objetivo primário da peça) mas também aquela outra parte que utiliza a internet de forma massiva - sim, a internet também é utilizada de forma massiva, afinal, o YouTube possui um enorme massa de visitantes, não? - e não-massiva, personalizada, diferenciada, como preferir.
A opinião dos telespectadores, que geralmente fica reduzida à sala de estar ou um ou dois amigos, ganha um novo espaço público para repercutir: a web; e com este espaço vem também uma multiplicidade fenomenal de opiniões. Percebemos então como um assunto, relativamente "besta", ganhou visibilidade pública a ponto de mobilizar uma série de pessoas, tanto no YouTube quanto no Twitter, em uma espécie de grande debate virtual.

Porém, não chego ao ponto de afirmar "trazendo para o YouTube o filme da tv, as impressões das pessoas nas ruas vêm para a web também" como defenderam alguns (muitos, aliás), pois ainda não podemos comparar a audiência de um mídia massiva tradicionais, como a televisão, com o número de usuários de redes como o Twitter, por exemplo, para onde a discussão foi levada posteriormente - não apenas no número, mas, principalmente, em quesistos como classe, escolaridade, grau de inclusão digital, entre outros extremamente importantes. São perfis de público (ainda) bem diferentes.

Fiz um post sobre isso no meu blog pouco depois da coisa toda acontecer. Se estiverem interessados, confiram: http://altcore.blogspot.com/2009/04/entre-o-massivo-e-o-nao-massivo.html

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