O Twitter e a snack culture ajudando as empresas

O consumo de conteúdo rápido e superficial oferecido pelo Twitter é um dos fenômenos recentes da internet e pode ser útil ao marketing e relacionamento das empresas com seu público de diversas maneiras.

O Twitter pode ser definido, à primeira vista, como uma rede social na qual pessoas e amigos descrevem ações e acompanham detalhes do cotidiano de desconhecidos. O grande trunfo dessa rede social é, aparentemente, esse: como em um verdadeiro Big Brother, os usuários matam sua curiosidade ao acompanhar a vida alheia. A tamanha popularidade deste tipo de ferramenta chamou, é claro, a atenção das empresas, especialmente das áreas de marketing e marketing digital, nas quais os profissionais têm muitas dúvidas sobre a amplitude do Twitter e como ele pode ser utilizado para conectar marcas e consumidores, agregando vantagens competitivas.

Ao limitar o tamanho dos posts (no Twitter, só podem ser digitados até 140 caracteres ) que inclusive podem ser enviados pelo celular, a ferramenta sai na frente dos blogs – mais rápida e prática para postar mensagens – e se adequa definitivamente a um fenômeno, descrito na capa da Wired de alguns meses atrás, como Snack Culture.

Snack Culture é um termo que foi difundido pela revista Wired, especializada em tecnologia, games e etc. Apontando para a nova tendência da comunicação na web. A priori, quer dizer que as pessoas atulamente consomem produtos culturais aos pedaços. Revela o consumo de conteúdo cada vez mais rápido e superficial e baseado em um mundo cada vez mais digital.

Seguem alguns exemplos básicos de como o Twitter pode rapidamente ajudar as empresas a ganharem ainda mais popularidade e conquistar consumidores. Existem diversas formas, entre as quais vale destacar:
  • Pesquisar o que estão falando da sua marca ou do seu produto. Para isso, basta entrar no search.twitter.com;
  • Abrir um canal de comunicação e suporte aos seus consumidores, como fez a Comcast, maior operadora de TV da cabo dos EUA;
  • Divulgar conteúdos e informações em primeira mão para os consumidores que optarem por te seguir, como fez o canal Telecine;
  • Transmitir ofertas de produtos e promoções, como Amazon;
  • Prestar serviço, informando, por exemplo, cancelamento de vôos, como fez a Delta.

Muitas empresas já aderiram a esta tecnologia e estão, inclusive, substituindo blogs corporativos pelo Twitter. É a snack culture em ação com força total.


Texto completo em: Webinsider. Marcelo Tripoli Morais

Mobile Marketing/Advertising: Tendências

Se o ápice da convergência midiática é hoje a internet amanhã será a internet móvel.

quem diga que, com uma base mundial de dispositivos móveis de aproximadamente 4 bilhões e o incrível avanço (tanto na velocidade quanto na qualidade) das redes telemáticas (e seus diversos "Gs"), é meramente uma questão de tempo até "conectar-se à internet" tornar-se sinônimo de "utilizar um celular". Eu, particularmente, tenho minhas dúvidas - por uma série de motivos que não cabem ser agora discutidos -, mas tenho que reconhecer que há verdade neste pensamento e o "efeito iPhone", nos Estados Unidos da América, mostrou perfeitamente onde se encontra esta verdade.

Em 2008, a Apple vendeu cerca de 13,7 milhões de iPhones. Fato.
A maioria destes aparelhos foi comercializada dentro do território dos EUA. Fato.
As conexões-sem-fio (Wi-Fi) são amplamente utilizadas nos EUA (ainda que fechadas, em sua maioria). Fato.
A qualidade dos "pacotes de dados" e seus custos são, respectivamente, melhor e menores. Fato.
A partir da rápida soma destes quatro fatos -que não são os únicos, mas, ao meu ver, os principais - temos uma mudança imediata na rotina de utilização da WEB do país.

Segundo um relatório recentemente divulgado pela ComScore, o número de pessoas que se utilizam de seus dispositivos móveis para acessar a internet no país cresceu 107% em apenas um ano - isso deixando de lado o acesso às redes sociais, que é extremamente significativo. Contabilizou-se 22,4 milhões de usuários acessando a internet via dispositivos móveis diariamente, especialmente para ler notícias e buscar por outras informações; enquanto 9,2 milhões de pessoas frequentam o Facebook ou o Twitter, que cresceram incríveis 427% em relação ao ano anterior. Só para termos uma idéia de como esta é uma situação sem precedentes, consideremos que em janeiro de 2008, exatamente um ano antes da ComScore obter esses dados, o número de usuários da "web móvel" era de "apenas" 10,8 milhões - nem a metade dos atuais.

É este o paronama ao qual devemos nos ater, pois esta é uma mostra do que está por vir.
A internet é o ambiente (multi)midiático do futuro (que já não é tão "futuro" assim) e os aparelhos celulares serão a porta de acesso a este ambiente.
Obviamente, percebemos que a publicidade já está se adaptando aos novos meios e aos novos formatos que acompanham estes meios. O movimento é, na verdade, bem simples: a atenção dos potenciais consumidores é deslocada para os meios digitais, então a o publicidade migra para o meio digital; portanto, se a principal plataforma de acesso á estes meios serão os dispositivos móveis, portanto a publicidade se molda para encaixar-se nos formatos destes.

O mobile marketing/advertising é a encarnação mais atual (e facilmente perceptível) desta migração da publicidade para os dispositivos móveis - ainda não na condição de portas de acesso à WEB. Ele simplesmente se aproveita as possibilidades das novas tecnologias (móveis) para estabelecer contato direto e diferenciado (geralmente de uma maneira criativa) com o target do anunciante. Levando em conta nossa premissa\perspectiva futura, podemos ressaltar aqui a recente migração do AdSense para a web móvel. O AdSense, serviço de publicidade contextual da Google, movimenta hoje cerca de US$8,6 bilhões; assim sendo, é bastante natural que, em vista da possível expansão do supracitado "efeito iPhone", o serviço precise ser adaptado propriamente para sites formatados para celulares.

E não paremos por aí: hoje, de acordo com dados do eMarketer, nos EUA foram investidos (em 2008) US$23,7 bilhões em publicidade na internet - e, estima-se quem, em 2012, este número suba para US$32 bilhões. (A título de curiosidade, no espaço publicitário em blogs são investidos US$411 milhões). O eMarketer também prevê que o mercado da mobile advertising movimentará US$ 16 bilhões em 2011 - percebem a dimensão desta previsão? Se não, considerem que todo o mercado da comunicação digital brasileiro movimentou, no ano passado, cerca de R$760 milhões. Ou seja, achamos terreno bastante fértil.

Referências: Tendências do Mobile Marketing/Advertising, A Era do Mobile Marketing, Entrevista: Internet será mais usada pelo celular do que pelo PC no futuro, O Efeito iPhone..., Google apresenta AdSense para buscas em celulares e Fake Steve Jobs desiste de blogar porque não ficou rico.

Busdoor

O Busdoor, propaganda exibida nos ônibus, é uma mídia exterior que nos últimos anos ganhou um grande espaço como ferramenta publicitária.

O motivo de tamanho sucesso é a grande visibilidade que essa mídia oferece. Por ser uma publicidade móvel, o busdoor atinge públicos variados, de faixa etária e classes diferentes.
Esse tipo de mídia permite que as pessoas tenham um maior contato com a marca de uma empresa, produto ou serviço. Em relação as demais mídias outdoor, ela apresenta uma melhor relação de custo, inclusive pela sua abrangência. Afinal, podemos dizer que é uma mídia itinerante, que está em distintos locais e que vai atrás do público.
Outra grande vantagem do busdoor é que as pessoas lembram (recall) da divulgação que foi feita através dessa mídia. A comprovação dessa informação está nas últimas pesquisas realizadas. O resultado mostra que o busdoor é uma das mídias exteriores mais eficientes.
http://www.propagandacircular.com.br/midia/

O cliente (nem) sempre tem razão!

O cliente nunca tem razão. O cliente é sem noção.
É você quem tem que levar a razão à ele.


Essas três frases são bastante familiares para aqueles que trabalharam comigo durante o ano passado na Diretoria de Atendimento da Produtora Júnior - UFBA, a Empresa Júnior de Comunicação da FACOM - UFBA. Também é certo que inúmeras variações delas são exaustivamente repetidas nos setores de Atendimento das agências de publicidade de todo o mundo.
Se quer saber o porque de toda essa certeza basta dar um rápida olhada nestes dois vídeos:
Quando o cliente é sem noção...

E porque ele nunca tem razão...
Não entendam mal: não é dito aqui que o cliente é burro - muito longe disso. O ressaltado aqui - em consonância com muitos outros "colegas" de área - é que, antes de tudo, o que se tem é um problema de comunicação a ser resolvido - foi por isso que o cliente procurou a agência, na qual ele encontraria pessoas com as competências necessárias para efetivamente resolver este problema. Assim sendo, é sim necessário escutar o cliente e considerar suas sugestões, mas também é nossa obrigação instruí-lo: se ele tem uma idéia equivocada em relação a algo, há a necessidade de apresentar, explicar e argumentar sobre as razões pelas quais o procedimento não é apropriado para aquela situação - afinal é toda essa bagagem teórica e prática que separa (com um abismo) um profissional de um filho-da-vizinha-que-sabe-usar-o-corel.

O Canha, do blog Digital Paper, colocou um exemplo muito engraçado que não posso deixar de reproduzir aqui:
Já imaginou se você, uma pessoa que não entende poioca de energia elétrica chegasse pro seu eletricista e disesse que os fios da tomada da sua casa deveriam ficar decapados pois “energizam seu lar de forma positiva“?
Não. O cliente não tem sempre razão.
E não é preciso que uma pessoa morra eletrocutada para você convencê-lo disso.

Referências: "Acho que isso tem que ser mais claro e aquilo mais verde assim, sabe?", Make my logo BIGGER, Quando o cliente palpita demais e O cliente nem sempre têm razão.

As 50 maiores agências de publicidade brasileiras

giant
No fim de 2008, o IBOPE monitor fez um levantamento das 50 maiores agências de publicidade brasileiras de acordo com o faturamento bruto nos 11 primeiros meses do ano. A Young & Rubicam manteve a liderança pelo 6º ano consecutivo, ultrapassando a marca de 4 bilhões de reais.

Como os investimentos em web andam crescendo e as redes sociais ganhando mais importância no nosso mercado, resolvi investigar como é a atuação das 50 gigantes nas plataformas mais populares no Brasil: blogs e Orkut, além do hype Twitter. Os resultados foram os seguintes:
orkut1
blogs
Nota-se que na rede social Orkut uma grande parte das agências está presente. Vale lembrar que as comunidades foram criadas por funcionários ou ex-funcionários publicitários.

Já a quantidade de agências que mantém blogs públicos é bastante menor. Quem conhece um pouco o mundinho de redes sociais brasileiras sabe que tem muita agência por aí abastecendo blogs com conteúdo e até algumas que o tornaram sua principal presença na web, tomando o lugar do site institucional.

No twitter, a presença das 50 maiores agências do Brasil é nula.

Vale um pouco do seu tempo para refletir se isso significa que as agências não precisam participar das redes, expondo atitude e personalidade, se isso só vale para as gigantes ou se as maiores do nosso mercado ainda não descobriram o potencial das redes sociais.

Para conferir a lista com as 50 maiores empresas de publicidade brasileiras e seus respectivos blogs e orkuts acesse: http://www.estagiaridade.com/as-50-maiores-agencias-de-publicidade-brasileiras-e-as-redes-sociais/

A disciplina: o porquê

Este é o blog da disciplina COM358 - Estudos Orientados em Comunicação, da Faculdade de Comunicação da UFBA. Nas palavras da nossa professora, Tereza Barretto, "a disciplina foi pensada considerando-se a importância do planejador de comunicação em face à demanda mercadológica que ora se apresenta, para profissionais com visão integrada dos suportes da comunicação, que demonstrem conhecimento das ferramentas de informação e análise de dados e desenvolvimento de caminhos criativos para a estratégia de comunicação institucional ou mercadológica a ser proposta para um determinado produto ou serviço. O conteúdo programático foi elaborado com o objetivo de aproximar os estudantes de Jornalismo e de Produção Cultural dos conceitos e processos inerentes à concepção, desenvolvimento e análise de um plano de comunicação com um viés mercadológico e enfoque nas práticas de Publicidade e Propaganda."

Deste modo, este espaço, a partir de uma produção coletiva, funcionará como um observatório: aqui cabe informação, análise e crítica acerca das ferramentas e práticas atuais da comunicação.

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